As bicicletas são o futuro!
Como
será o futuro das cidades?
Bicicleta
é
o futuro! A bicicleta pode ser uma das alternativas para conseguirmos
equilibrar
o planeta novamente. A bicicleta é um transporte ecologicamente
correto, economicamente viável, socialmente justo e, cada vez mais,
culturalmente aceito, graças a Deus! Vamos disseminar a cultura da
bicicleta!
Leiam
o texto de Sérgio Morais, ”Bicicletas, Transporte Urbano e Sustentabilidade”,
do site URBANIDADES, que postamos aqui. Vocês terão uma visão geral sobre o tema.
Bicicletas, Transporte Urbano e Sustentabilidade
Hoje o debate urbanístico age sobre críticas à
cidade modernista. Os planejadores urbanos contemporâneos inserem o discurso da
“sustentabilidade” no debate do desenvolvimento e planejamento das cidades na
busca de novos paradigmas dentro dos aspectos de uma economia sustentável para
o planejamento urbano, ideia que lida basicamente com a necessidade de uma
mudança de hábitos (de consumo) das populações, a necessidade de um controle do
crescimento demográfico, a perspectiva temporal (para as gerações presentes e
futuras) e uma reavaliação de escalas (pensar global, agir local).
Dentro desta perspectiva, fatores como a melhoria
da qualidade do ar, a conservação de energia, a diminuição dos impactos gerados
pelo trânsito, entre outros tópicos, são hoje enfrentados por diversos
urbanistas em diferentes países numa tentativa de desenvolver programas
urbanísticos de baixo nível de agressão ambiental.
Deve-se notar também que o conceito de
sustentabilidade urbana implica em tópicos mais abrangentes que aqueles
considerados dentro do conceito de sustentabilidade ambiental, uma vez que o
meio ambiente das cidades deve desenvolver-se em âmbitos sociais, econômicos e
políticos, além dos ambientais e ecológicos. Desse modo, o conceito vai buscar
definir um desenvolvimento social e/ou econômico que melhore e não destrua o
meio ambiente natural e construído.
Neste contexto, cidades européias como Paris,
Amsterdã e Copenhague, entre outras, percebendo a importância do uso da
bicicleta na relação cidade/homem, buscam uma diminuição da poluição ambiental,
uma humanização das ruas e uma diminuição de acidentes de trânsito incentivando
este meio de transporte como prioritário, dispondo bicicletas para uso público
e construindo redes cicloviárias interligadas a trens e metrôs.
Atualmente, não obstante uma ampliação das
discussões sobre as necessidades em diminuir o uso indiscriminado do automóvel
nas áreas urbanas, o uso da bicicleta ainda encontra o forte obstáculo do
preconceito e, especialmente no Brasil, da falta de cidadania e respeito no
trânsito. John Forester, engenheiro de trânsito americano dedicado ao estudo de
sistemas cicloviários, nota que existem duas maneiras antagônicas de tratar o
uso da bicicleta nas cidades: um que trata o ciclista como um condutor de
veículos, sujeito às mesmas penalidades de um motorista de automóvel e outro
que trata o ciclista como um “personagem marginal” que deve ser isolado para
não atrapalhar o uso das vias pelos automóveis.
Se o primeiro aspecto leva a uma situação onde a
cidadania é reforçada ao compartilhar as vias entre os diferentes meios de
transporte e a segurança é aumentada pela necessidade de educação no trânsito
exigida do ciclista, o segundo modo de tratar os ciclistas isola-o,
dificultando a sua integração, aumentando o tempo de deslocamento e criando
obstáculos para difusão do uso da bicicleta.
Evidentemente, em algumas situações específicas, a
criação de ciclovias segregadas do trânsito é necessária, mas não pode ser
colocada como solução a priori.
Infelizmente, as políticas de transporte de nossas
cidades enxergam o ciclista pelo segundo aspecto. Ciclovias implantadas em
cidades como Curitiba e Rio de Janeiro, ainda que representem um avanço dentro
do contexto brasileiro onde o ciclista é praticamente ignorado no planejamento
do sistema viário, carecem de integração que complementem rotas cicláveis
seguras com outros meios de transporte.
Em cidades no interior paulista onde é intenso o
uso das bicicletas como Indaiatuba (120 mil habitantes, 80 mil bicicletas e 40
mil automóveis) a direção de trânsito da cidade recebe reclamações de
motoristas de como as bicicletas estão “atrapalhando” o trânsito, sem perceber
que elas constituem o trânsito da cidade.
O exemplo de Indaiatuba torna evidente que isolar
os ciclistas na rede de vias públicas em vias especiais (com algumas exceções)
visa apenas o benefício dos motoristas e não atende as necessidades de uma
população que procura modos alternativos de locomoção. Também indica a
necessidade de implementação de um planejamento urbano que não desconsidere as
necessidades reais de transporte da população.
Como mencionado, alguns avanços têm sido feitos nas
cidades brasileiras, nos últimos anos, porém, existe uma necessidade de se
ampliar o debate em torno do uso da bicicleta como meio de transporte.
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Até o próximo papo sério! |