A disputa entre Barack
Obama e Mitt Romney, no dia 6 de novembro, nos Estados Unidos, nos fez pensar mais sobre a tal
democracia política desse país e, observando alguns pontos, chegamos à
conclusão de que a democracia de seu sistema político é paradoxal.
Apesar do voto (lá) não
ser obrigatório, ser em dia útil e poder ser antecipado, os outros pontos que vamos citar, aqui no blog, mostram que se
trata de uma democracia, no mínimo, confusa.
Primeiro: só existem
dois partidos. O que significa que não há representação efetiva de todas as
camadas sociais.
E não é qualquer pessoa que pode se candidatar, hem!;
Segundo: a eleição é
indireta, gente. Você vota em alguém pra votar por você. É uma loucura. Além de
nem todo mundo se sentir representado e não ir votar, por não ser obrigatório,
os “50% + 1” que votaram em determinado candidato ainda têm que esperar a
decisão final do colégio eleitoral, formado pelos delegados escolhidos;
Terceiro: a eleição não
é igual em todos os estados. Nós mesmas não entendemos direito as diferenças
para cada caso, achamos confuso demais, mas podemos garantir que o voto, além de
indireto, ainda tem regras diferentes para pessoas de estados diferentes. Ou
seja, os eleitores não são tratados da mesma forma em todos os lugares. Como é
que pode uma democracia não dar condições iguais pra todo mundo?;
Quarto: as células são
muito complexas, dificultando o voto e, assim, elitizando a eleição, porque não é
qualquer pessoa que vota com facilidade. Quanto mais complexo, mais demora e mais filas, que desestimulam o eleitor a
comparecer e também faz com que a contagem dos votos seja demorada
e suspeita;
Quinto: a propaganda na
televisão é paga. Agora, imaginemos a fortuna que é gasta, gente. Absurdos de
dinheiro!;
Sexto: o lobby depois
das eleições é liberado! Será que não é por isso que não se queixam de
corrupção?;
Sétimo: o sistema é
muito vulnerável a fraudes.
Temos que admitir: no
Brasil, o sistema político e eleitoral se aproxima muito mais de uma democracia
de verdade. Portanto, vamos manter e melhorar nossas instituições, no sentido de
se ter, cada vez mais, liberdade, igualdade e verdade. Vamos valorizar o que
já conquistamos e nos concentrarmos em nossas potencialidades. O Brasil tem
tudo para ser uma grande nação.