Thoka Maer

Thoka Maer e Lisette Berndt são nomes diferentes para a mesma pessoa. Lisette Bernt, mais conhecida como Thoka Maer, é uma especialista em comunicação visual, e seus trabalhos de ilustração e animação são bem interessantes, realmente. Misturando conceitos e usando uma técnica bem peculiar, Thoka nos faz pensar no simples como sendo complexo e o complexo como sendo simples. É bem por aí.
Um de seus trabalhos que nos chamou muita atenção foi a série “ It’s no biggie” (Não é nada demais), em que ela, em GIFS, mostra algumas cenas cotidianas, alguns comportamentos e algumas frustações humanas. São pequenos momentos que ganham um valor enorme quando mostrados em forma de arte. Vejam vocês mesmos.
 












Adoramos também seus vídeos Too Long e Will To Power.

Até mais!! 

Despedida

Existem duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.  A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,  sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,  lembrança de uma época bonita que foi vivida… Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.  Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,  mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente,  e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde.  Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos  deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por  ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,  que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.  É o arremate de uma história que terminou,  externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…  E só então a gente poderá amar, de novo.
 
Por Martha Medeiros